MITOS E VERDADES SOBRE O PARTO


Mitos e verdades sobre à hora do parto
O parto é um dos momentos na vida da futura mãe que mais a deixa apreensiva. Dor, complicações no parto, o tipo de parto, o primeiro choro da criança... São muitos os mitos (e verdades também, claro) que envolvem o processo. E uma boa maneira de você ficar tranquila é manter-se informada sobre o assunto. O ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana, Alberto D´Auria, responde algumas questões sobre esta tão esperada hora. As mulheres sempre sentem dor no parto normal. VERDADE. A dor faz parte do processo de expulsão do bebê. A anestesia tem o momento certo para ser aplicada. Se a mulher a recebe antes da hora, pode atrapalhar o trabalho motor do útero. Depois dos 40 anos, só se pode fazer cesariana. VERDADE. A idade ideal é até os 35 anos, pois após esse período a amplitude da mobilidade da bacia fica reduzida. Além disso, aumenta a chance de haver complicações intrauterinas.Mulheres com obesidade mórbida não podem fazer parto normal.MITO. A obesidade mórbida não reduz as chances de parto natural. A via de passagem da bacia e a força do abdômen ficam reduzidas em mulheres obesas, mas se o bebê for pequeno, há a possibilidade de um parto normal. Normalmente, as mulheres obesas acabam fazendo cesariana, pois apresentam muitas complicações associadas. Mulheres soroposivitas para HIV podem fazer parto normal.VERDADE. No entanto, o ideal é fazer uma programação com agendamento de uma cesariana para que possam ser utilizadas drogas retrovirais pré-parto, protegendo o recém-nascido da exposição. Além disso, apenas 50% das crianças nascem soropositivos e 50% dessas deixam de ter o vírus com o tempo. Bebê que não chora na hora que nasce tem algum problema de saúde. MITO. Após o nascimento do bebê, ainda na sala de parto, o neonatologista faz uma avaliação do recém nascido, atribuindo-lhe notas que, ao final, espelham o estado de saúde da criança. Essa nota é chamada de APGAR e é ela – e não o choro – que avalia o estado do bebê.Se a mulher faz cesariana, todos os partos futuros têm de ser assimMITO. Mulheres com histórico de uma cesariana podem tentar parto normal. Algumas situações aumentam o risco de ruptura da cicatriz, como mais de uma cesárea anterior e intervalo curto entre os partos (menos de 24 meses). Mulheres com diabetes gestacional devem fazer cesariana MITO. Gestantes bem controladas, sem complicações associadas e feto com prova de bem-estar podem aguardar a evolução espontânea para o parto. Cordão umbilical enrolado no pescoço é sinônimo de indicação para parto cesárea? MITO. As circulares de cordão frouxo (voltas do cordão umbilical no pescoço do bebê) ocorrem em aproximadamente 30% das gestações e não exigem cesariana. Mais importante que saber se há ou não circulares é acompanhar a evolução do trabalho de parto e avaliar o bem-estar do feto, avaliando principalmente seus batimentos cardíacos. Se a circular comprometer o fluxo sanguíneo do cordão e, consequentemente, ameaçar a oxigenação fetal, o ideal é fazer cesariana. Quando a bolsa rompe, deve-se fazer o parto imediatamente para o feto não sofrer. MITO. Uma ruptura de bolsa abaixo de 35 semanas pode não indicar um parto eminente. A mãe será internada e monitorada para evitar infecção da bolsa e postergar a hora do parto. Se a dilatação para parto normal não acontecer em até oito horas de trabalho de parto, deve-se partir para uma cesariana? VERDADE. Após 8 horas de trabalho de parto instalado, a cesárea é indicada